Câmara discutirá novo estádio do Galo

Confesso a vocês que não tive um dia tranquilo aqui nos Estados Unidos, dividido entre as atividades oficiais do “International Visitor Leadership Program”, que tiveram início nesta segunda-feira, e a votação para decidir a construção da Arena do Galo, em Belo Horizonte. Desde cedo, acompanhei as parciais da apuração e, a cada voto a favor da obra, vibrei com o resultado favorável. Como esperava, os conselheiros não falharam e votaram a favor do estádio e do futuro do Atlético.

A – Aprovada a construção do estádio pelo Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro, o momento é de dar início na Câmara Municipal de BH às discussões sobre a execução da obra, seus impactos e benefícios para a população da região onde a Arena do Galo será erguida, para que todo o processo transcorra da melhor maneira possível, de forma correta e legal. Como vereador, essa é minha responsabilidade, e já encaminhei requerimento à Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana solicitando realização de audiência pública para debater a construção da arena.

B – O objetivo dessa audiência é reunir dirigentes do Atlético, responsáveis pelas empresas que apoiam o clube na construção do estádio, representantes dos órgãos municipais que terão a responsabilidade de analisar a execução da obra e moradores dos bairros que serão diretamente impactados pela execução do projeto, além dos vereadores de BH, a quem cabe a missão de votar a autorização para que o estádio seja implantado.

C – No requerimento encaminhado hoje, sugiro ao presidente da Comissão de Meio Ambiente e Política, vereador Rafael Martins, que sejam convidados para a audiência a secretária municipal de assuntos institucionais e comunicação social, Adriana Branco Cerqueira, o secretário municipal de governo, Paulo Lamac, o secretário municipal de desenvolvimento econômico, Daniel Nepomuceno, o secretário municipal de esportes e lazer, Paulo Roberto Freitas, o secretário municipal de obras e infraestrutura, Josué Valadão, a secretária municipal de política urbana, Maria Fernandes Caldas, e o secretário municipal de segurança e prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino.

D – Como representantes do Atlético e de seus parceiros no empreendimento do estádio, sugeri que sejam convidados o presidente do clube, Daniel Nepomuceno, o presidente do Conselho Deliberativo, Rodolfo Gropen, o autor do projeto da Arena do Galo, arquiteto Bernardo Farkasvölgyi, além de um representante da MRV Engenharia, empresa que fez a doação do terreno onde o estádio será erguido.

E – A população do Conjunto Califórnia I, Bairro Camargos e Vila Oeste, áreas diretamente impactadas pelas obras, será representada por dirigentes da Associação de Moradores do Conjunto Califórnia I, Associação Comunitária do Bairro Camargos e Associação Cultural, Esportiva e Beneficente dos Moradores da Vila Oeste. E qualquer cidadão de Belo Horizonte tem o direito de comparecer à audiência e apresentar seus questionamentos, pois, além dessa norma ser assegurada por lei, por tratar-se de audiência pública, meu objetivo é justamente promover uma grande discussão sobre a construção da arena, dada a importância e o impacto da obra para a cidade.

F – Quanto aos assuntos a serem debatidos na audiência pública, eles são muito diversificados. Creio que novos questionamentos surgirão agora que o Conselho Deliberativo autorizou a diretoria do Atlético a construir o estádio. Na semana passada, no post em que apresentei os argumentos a favor da construção da arena, publicado neste blog, muitos leitores apresentaram dúvidas quanto à circulação de veículos no entorno da arena em dias de jogo, os impactos para o trânsito, o meio ambiente e a tranquilidade na região.

G – Estes questionamentos, bem como outros que dizem respeito especificamente aos moradores da região onde a arena será construída, terão toda a minha atenção. Como disse anteriormente, apoiei e defendi o empreendimento por entender que ele trará muitos benefícios para Belo Horizonte, não apenas para o Atlético. Como vereador, minha missão é fiscalizar que esses benefícios se transformem em realidade. Este é o trabalho que começo hoje, com o pedido para a realização da audiência pública. Na sequência, durante a tramitação da Operação Urbana Simplificada, que precisa ser aprovada pela Câmara para que a Arena do Galo seja erguida, manterei esta postura. No que depender de minha atuação no legislativo municipal, o estádio será construído de forma lícita, republicana e transparente, sem prejuízos para os moradores da capital. Este é o meu compromisso.

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