O sucesso das Startups e da economia criativa de BH

É muito bom ver o estágio de desenvolvimento e maturidade do segmento de startups de Belo Horizonte, comprovado pelo ranking 2017 da 100 Open Startups, que identifica as empresas inovadoras de maior potencial do país. Nada menos que 22 startups instaladas na capital fazem parte da relação, o que demonstra o sucesso das iniciativas inovadoras em BH.

A – Sempre fui defensor e apoiador de primeira hora da inovação tecnológica e do incentivo à criação de startups como formas de desenvolvimento socioeconômico da capital. Não é por acaso que dois dos 31 compromissos que assumi na campanha tratam especificamente desta questão: “San Pedro Valley” e “Empreendedorismo jovem.”

B – A primeira proposta estabelece formas de apoio à instalação de startups no Bairro São Pedro, com foco na solução de um grave entrave à criação dessas empresas na cidade, a tributação municipal, mais precisamente o valor do ISS, que afugenta os empreendedores e os obriga a se instalar em cidades próximas, principalmente em Nova Lima.

C – Quanto ao empreendedorismo jovem, minha ideia é implantar em BH, por meio da parceria entre a iniciativa privada e o poder público, de um polo de capacitação em tecnologia e empreendedorismo para jovens, voltado para iniciativas tecnológicas e startups. Defendo que o prédio do Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação, seja o local de instalação desse polo.

D – Em termos de quantidade de startups promissoras, Belo Horizonte só fica atrás de São Paulo, com números muito próximos. A capital paulista teve 25 empresas incluídas no ranking, apenas três a mais que BH. É necessário ver que São Paulo é uma das maiores cidades do mundo e tem o 36º PIB do planeta. Já o PIB de BH é quase 10 vezes menor que o de São Paulo. Mesmo assim, os empreendedores belo-horizontinos estão conseguindo superar as adversidades e se consolidar em um mercado extremamente concorrido e em constante transformação.

E – O ranking da 100 Open Startups, além de demonstrar a força da inovação tecnológica em BH, sinaliza que ainda há muito o que crescer. De acordo com a Associação Brasileira de Startups, que tem cerca de 4 mil empresas cadastradas, Minas Gerais responde por cerca de 10% desse total. Ou seja, ainda há espaço para o surgimento de startups no Estado. E Belo Horizonte, como principal polo de desenvolvimento de Minas, naturalmente se credencia a abrigar essas empresas.

F – Além da classificação da 100 Open Startups, a dimensão do desenvolvimento tecnológico em BH foi destaque no site Tecmundo. No mês passado, a principal reportagem do Tecmundo tratava especificamente da consolidação do San Pedro Valley como um polos de startups mais promissores em todo o mundo. São nada menos que 300 empresas instaladas no Bairro São Pedro e no entorno da região, com uma elevada taxa de sucesso no país e também no exterior.

G – Esse cenário positivo para o empreendedorismo de inovação em Belo Horizonte não pode ser desprezado pelo poder público. Entidades de classe, como a Fiemg e o Sebrae, já se tornaram parceiras das startups, mas é necessário o apoio constante da administração municipal a essas empresas. O sucesso de tais empreendimentos resultará em geração de emprego e renda na capital, movimentando a economia belo-horizontina, que tanto precisa dessa injeção de recursos, criatividade e diversificação.

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