Belo Horizonte e o que vem pela frente

Gratidão e uma visão de futuro para a capital mineira

Sou puro agradecimento e felicidade. No primeiro turno das eleições para prefeito de 2024, 133.728 eleitores desta cidade que amamos foram às urnas e apertaram 15, confirmando na sequência as suas escolhas. Quem dedicou a mim e ao meu amigo Paulo Brant esse voto precisa saber da profunda gratidão que deixo registrada.

Entre essas pessoas, identifico um tipo de eleitor que não votou por ódio ou por medo. Não. Essas pessoas compartilharam com a gente uma visão de futuro para a nossa cidade, acolhendo com convicção um conjunto de propostas e soluções oferecidas para resolver os nossos muitos problemas. E essa história vai continuar.

Não faço política de um jeito óbvio. Tenho pavor em ser mais um clichê dos tantos que existem. Encerrado o primeiro turno, muitos se apressaram a dizer que minha dimensão política tinha se ampliado com o resultado e que, portanto, seria previsível disputar, com boas chances, uma cadeira de deputado estadual ou deputado federal em 2026. Que a nossa cidade não espere de mim obviedades, por gentileza. Eu não pretendo concorrer nas próximas eleições, pois sou pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2028 pelo Movimento Democrático Brasileiro. E posso, oras! Desconheço a regulamentação de prazo de pré-campanha. A minha já começou.

Sabem… não é só o resultado eleitoral expressivo que me deixou contente. Há cerca de um ano, vivi dias duros. Ao longo de seis meses, sobrevivi a uma, duas, três tentativas cruéis e injustas de cassação dos meus direitos políticos por parte de quem não me queria na disputa. E serei sempre muito grato a quem tanto mal quis me fazer. A experiência toda serviu de amadurecimento. Pensar onde estava e perceber aonde cheguei vale como registro da máxima do ex-governador mineiro Magalhães Pinto: a política é mesmo como nuvem.

Atuaram muito para impedir a minha filiação partidária. Não só fui muito bem acolhido no Movimento Democrático Brasileiro, como estou empolgado pelo desafio de ajudar a construir coletivamente dentro dessa legenda o espaço para quem deseja defender o bom senso e a moderação com muita independência. Afinal, somos a maioria.

Sempre disse que não contaria com padrinhos nessa disputa. E que bom que não contei, né? Não me pareceram muito eficazes… Ouvi inúmeras vezes que um candidato a prefeito sem o apoio de Alexandre Kalil, Jair Bolsonaro, Lula da Silva e Romeu Zema não teria chances. Bem, os quatro não garantiram êxito eleitoral aos seus apadrinhados. Belo Horizonte não é uma cidadela que precisa ser tutelada por quem quer que seja. Amém!

Não passou despercebido o fato de que 744.873 pessoas não participaram das eleições no segundo turno: 636.752 eleitores não foram votar, 46.236 eleitores votaram em branco, 61.885 eleitores votaram nulo. Tal posicionamento superou as votações do primeiro e do segundo colocado no segundo turno das eleições municipais em Belo Horizonte. O recado é claríssimo: a maior parte das pessoas não queria nem um, nem outro.

Defendo abertamente o parlamentarismo, sistema de governo em que primeiro se forma a maioria parlamentar para depois ser criado um governo. Não é assim no Brasil, e as dificuldades criadas são enormes.

Há muita gente, muita gente mesmo, que não se identifica com o resultado final das urnas. Quanto a isso, fica a minha recomendação: acompanhe o espaço onde você será representado por alguém: a Câmara Municipal, onde estive nos últimos quase oito anos.

Excetuando aqueles que não compareceram às urnas, aqueles que votaram em branco ou nulo ou aqueles que votaram num partido que não atingiu o quociente eleitoral, todos os demais têm um vereador representando-os no Parlamento por meio do sistema proporcional. Recomendo que você consiga o contato direto com o seu vereador o quanto antes. Ele é a sua voz na Câmara Municipal, de onde começo a me despedir.

Finalizo o período de dois mandatos de vereador com a leveza de quem fez aquilo que prometeu. Seguirei agora para uma vida ainda mais acadêmica, ainda mais empreendedora, ainda mais midiática, ainda mais participativa… Um mandato é um detalhe para quem sabe ser um cidadão. E exercerei a minha cidadania belo-horizontina em sua plenitude. Afinal de contas, a pré-campanha para prefeito mais longa da nossa história já começou. E estou ainda mais animado. Essa animação vem de um carinho enorme que recebo nas ruas.

Mais uma vez, Belo Horizonte, muito obrigado por tanto. Seguirei em frente retribuindo com profunda dedicação.

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Gabriel de a a z

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