O Brasil precisa priorizar a transformação digital
Iniciativa que merece ser lida, apoiada e divulgada: foi lançada no dia 8.12 a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes. O documento é resultado de um trabalho coletivo, com participação de representantes de diversos segmentos da sociedade. Seu principal objetivo é definir e propor ações para a transformação dos centros urbanos, com emprego da tecnologia digital no combate à desigualdade social e melhoria das condições de vida da população.
Tenho uma postura de defesa dos interesses municipais desde que iniciei a minha trajetória política. Decidi me candidatar a vereador justamente por entender que o grande esforço para melhorar as condições de vida dos brasileiros deve se concentrar no município, na urbe, berço da democracia. Foi em uma cidade, Atenas, que a democracia floresceu.
A pólis era o espaço econômico, político e social dos atenienses, herança que inspirou o planeta em muitos dos seus momentos.
No mundo contemporâneo, as cidades são polos de desenvolvimento econômico e têm grande responsabilidade com o bem-estar da população. Também concentram grande parte das ofertas de trabalho, educação, equipamentos culturais, serviços públicos e privados.
O compromisso que assumo diante do lançamento da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes é apoiar e retroalimentar o documento, fazendo com que ele se torne um guia para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros, em especial Belo Horizonte, que me reelegeu para mais um mandato de vereador. Não é por acaso que a meta-síntese de minha campanha é fazer de nossa capital uma cidade mais aberta, democrática e que incentive a participação popular na fiscalização do seu orçamento.
O desafio não é pequeno. Belo Horizonte, como outras cidades brasileiras, tem graves problemas sociais, frutos da desigualdade socioeconômica. Há uma quantidade expressiva de bairros, vilas e comunidades com indicadores preocupantes onde as pessoas não contam com a presença dos serviços que o poder público teria e tem a obrigação de prestar.
A Carta Brasileira para Cidade Inteligentes foi elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e do Ministério das Comunicações, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, agência de cooperação alemã. O documento explicita que o Brasil precisa priorizar a transformação digital como instrumento de crescimento sustentável dos nossos municípios.
Cerca de 85% dos mais de 211 milhões de brasileiros moram em áreas urbanas. O documento do governo federal divulgado no começo da semana propõe que essas cidades, a partir do emprego da tecnologia digital, sejam, entre outras características, diversas e justas, conectadas e inovadoras, inclusivas e acolhedoras, vivas e voltadas para as pessoas, economicamente férteis e ambientalmente responsáveis.
A carta é dirigida a tomadores e tomadoras de decisão em nível local, agentes técnicos e políticos de órgãos públicos, representantes dos três níveis de governo do Poder Legislativo, órgãos de controle, profissionais técnicos e científicos, instituições de ensino e pesquisa, representantes do setor privado e sociedade civil. A tarefa de todos é se mobilizar para disseminar as discussões e o encaminhamento de propostas para os desafios apresentados. Eu já me engajei.