Em meio aos desafios políticos e sociais enfrentados por Belo Horizonte, torna-se cada vez mais evidente que a complementaridade de abordagens e experiências é fundamental para o desenvolvimento da cidade. Como vereador, minha experiência tem sido enriquecida pela atuação da vereadora Loíde Gonçalves, cuja trajetória é um exemplo de como experiências pessoais moldam líderes dedicados e empáticos. Nascida e criada na região Norte de Belo Horizonte, Loíde Goncalves construiu sua vida e carreira em estreita conexão com as comunidades locais.

Formada em Direito, com pós-graduação em Direito Público pela PUC-Minas, minha colega advogada ampliou seu engajamento social através do Instituto Maria da Conceição, fundado por ela. Sendo mãe de quatro filhos e mulher da periferia, ela traz para a política municipal uma perspectiva que combina a compreensão profunda das dificuldades enfrentadas pelas famílias com um compromisso incansável de buscar soluções efetivas e práticas.Seu trabalho vai além do assistencialismo; é um esforço para capacitar e elevar as pessoas.

Sua sua experiência e sua origem conferem-na uma visão realista dos desafios enfrentados pela cidade. Ela não se contenta em apenas identificar problemas; ela busca ativamente soluções, trabalhando de forma colaborativa com colegas, instituições e a comunidade.

A relatoria da CPI “Ônibus sem Qualidade” exercida por ela não fica apenas num papel de supervisão; é um compromisso ativo com a melhoria do transporte público. Ela investigou profundamente as condições dos veículos, além das reclamações dos usuários, e propôs um plano de cinco etapas, incluindo fiscalização de subsídios e fortalecimento dos mecanismos de acompanhamento de desempenho. Foi sob a sua liderança que a CPI conseguiu provar que uma empresa recebeu subsídio da Prefeitura antes mesmo de obter anuência para operar, algo muito grave. Este trabalho está resultando em uma compreensão mais clara das falhas no sistema e, com seu relatório final, tenho certeza que teremos recomendações pragmáticas para melhorias.

No campo da saúde, a dedicação prática dela é igualmente impressionante. Ela visitou todos os centros de saúde da região Norte, avaliando as condições de atendimento, infraestrutura e insumos. Essas visitas não foram meras formalidades; elas forneceram informações cruciais que orientaram suas iniciativas para aprimorar os serviços de saúde na cidade.

Loíde Gonçalves e eu temos origens muito diferentes. Contudo, esse contraste de experiências e focos não é uma divisão, mas uma soma. A diversidade de nossas origens e prioridades políticas não é uma barreira, mas uma ponte para uma compreensão mais abrangente dos desafios de Belo Horizonte.

A complementaridade entre minha atuação e a dela é um reflexo da própria diversidade de Belo Horizonte. Uma cidade não é feita apenas de uma única realidade, mas de um mosaico de comunidades, cada uma com suas próprias necessidades e aspirações. Reconhecer isso é fundamental para qualquer pessoa que almeje exercer a política em nossa cidade.

A falta de cooperação e dialogo da atual gestão da prefeitura com vereadores independentes como ela cria uma barreira para a implementação de políticas mais eficazes e abrangentes. Esse bloqueio limita a diversidade de ideias e a representatividade no processo decisório, essenciais para uma democracia saudável. Não preciso nem dizer que ela foi mais uma a sofrer violência política para pressioná-la a votar pela minha cassação. Ela se negou, por ser uma mulher de fibra, surpreendendo aqueles que achavam que conseguiriam assustá-la facilmente. Quem gosta de citar Winston Churchill sou eu, mas essa frase dedico à minha colega: “a coragem é a primeira das qualidades humanas, porque é a qualidade que garante as demais.”

É com essa visão de complementaridade e união que vejo o futuro de nossa política local. Acredito firmemente que, junto com Loíde Gonçalves, que honra mãe, que honra pai, que honra família, podemos construir uma cidade mais justa, desenvolvida e inclusiva, uma cidade que verdadeiramente atenda a todos os seus cidadãos.